Resenha – Livro: Herdeiro do Jedi

Após tantas leituras e registros desse novo universo expandido, é possível dizer que “Herdeiro do Jedi” até agora, nos trouxe algo excelente em termos de evolução para o nosso já conhecido e amado Luke Skywalker. Algo muito especial, e feito em primeira pessoa, oferecendo uma perspectiva nova, com a visão do protagonista.

O escritor Kevin Hearne nos transmite acontecimentos pós-destruição da primeira estrela da morte, montando um paralelo entre o Luke herói da aliança rebelde e o Luke ainda carente de treinamento na Força. O livro se divide em três aventuras que fazem parte da mesma missão. É tudo tão leve, e passa muito rápido até chegar aos momentos finais.

Na primeira mini saga (vamos dizer assim), nosso ex-fazendeiro de umidade precisa visitar um grupo de Rodianos a pedido da aliança. Eles podem fornecer armas e equipamentos por um bom preço e de forma discreta, evitando suspeitas imperiais. E apesar do encontro formal, Luke acabara criando um laço com a líder do grupo, que era simpatizante dos Jedi. Durante o tempo que estiveram fazendo negócios, ela lhe mostrou o passado de um antigo parente que fizera parte da Ordem. Um momento muito honesto e de uma boa descoberta, já que Anakin Skywalker é mencionado. Além do mais, há um grande presente no final das negociações.

Na segunda parte, Luke se junta a Nakari Kelen. Uma recém-aliada dos rebeldes, que odeia o império com todas as forças devido ao seu triste passado. Pela falta de recursos, a dupla precisava realizar uma missão antes de seguir com o foco principal. Ela pede ajuda ao seu pai, que os envia a um planeta perigoso e cheio de criaturas que perfuram os cérebros de suas vítimas, ao mesmo tempo em que podem ficar invisíveis. O intuito ali era o de resgatar possíveis sobreviventes de uma equipe anterior, que não voltaram de sua missão. O clima de tensão nessa parte do livro é muito bom, e explora o terror de uma forma convincente. Algo que não é habitual do universo Star Wars.

Na terceira parte, eles enfim seguem para a missão principal: Resgatar Drusil Bephorin. O curioso é perceber como a obra vai mudando o estilo a cada capítulo. E nesse caso entramos na área de espionagem e temática assalto, quando há um planejamento e roubo de planos para uma invasão e extração. E durante o planejamento, há um momento hilário entre Luke e Nakari no qual nosso amigo Jedi tenta se conectar a Força, valendo muito a pena o resultado. A trama se desenvolve num clima de suspeita quase que inteiramente, criando um clima neurótico e de desconfiança, abalos psicológicos, armadilhas e sabotagens.

Nos momentos finais, o livro se transforma novamente, e entramos na categoria do drama. Depois de uma leitura bem leve e descontraída as coisas ganham certo peso, o que conflita um pouco o leitor. Acabamos obtendo a noção de como o lado negro interage dentro do seu usuário, seus sentimentos e dimensão do poder.

Após o término da leitura, mal acreditei que tinha acabado. A história fluiu muito bem, e sem grandes pretensões. Muita coisa em “Herdeiro do Jedi” faz o leitor entender algumas atitudes de Luke Skywalker em “O Império Contra Ataca”… o que é ótimo.

É isso aí pessoal!! Que a Força Esteja com vocês!!