Eis a minha opinião sobre o filme. Não é crítica de Cinema!
Por Alesith!

ATENÇÃO CONTÊM SPOILERS!!!

Já começo de cara falando que o episódio VII é o Terminator: Genesys que deu certo! Um Reboot, disfarçado de continuação, para uma nova geração. Contudo, a diferença crucial é que enquanto no desastroso Genesys temos o personagem clássico de Schwarzenegger, o T-800, acompanhado de atores interpretando personagens sem carisma e pessimamente dirigidos, ao passo que em episódio VII, temos um trio de protagonistas: Poe Dameron, Finn e Rey e até um dróide, BB8, extremamente cativantes! Sob a direção segura, dinâmica e despojada de J.J Abrams.

Ecos da Força!

Parece que algumas pessoas não se agradaram por esse filme lembrar bastante a trilogia clássica, principalmente o episódio IV. Já que temos até uma nova e bem mais poderosa Estação Bélica de destruição em massa, Starkiller Base! E tal qual o episódio IV, a disputa pela ordem, paz e justiça na galáxia, cada um com seu ponto de vista, continua entre A PRIMEIRA ORDEM (remanescente do antigo Império) e A RESISTÊNCIA, uma força paramilitar, aliada a restabelecida República, formada por membros da antiga Aliança Rebelde, como a líder General Organa (a lendária princesa Leia), General Ackbar, pilotos veteranos como Nien Nunb, que ajudou Lando Calrissian a destruir a segunda Estrela da Morte e vários jovens pilotos, como o melhor de todos, Poe Dameron. Acho que as repetições de temas fazem parte da tradicional “Mitologia” de Star Wars. Muitos diálogos, cenas e situações lembram em muito os filmes clássicos. Mas, para mim, o principal mérito de toda essa homenagem, que graças a Lawrence Kasdan, o co-roteirista desse filme mais os episódios V e VI, foi trazer os personagens clássicos como eles são, porém, maduros. Mas você os reconhece, como Han Solo. Nesse Filme você vê, nos diálogos, nas atitudes, que Han é o cara de sempre, pois as pessoas nunca mudam tanto, contudo, Han Solo era um cara descrente, agora, trinta anos depois de passar por tudo o que esse personagem passou, inclusive afetivamente, temos um amadurecimento do personagem quanto a isso. Coisa que não vi muito no antigo Universo expandido, tão ovacionado pelos fãs.

Os personagens novos também estão excelentes! Destaque para a garota Rey, a sucateira de Jakku, que surpreendeu a quase todos quando mostrou a que veio. Daisy Ridley mostrou ser uma grande atriz, trazendo muito carisma, inteligência e, acima de tudo, independência para a sua personagem. O piloto, ou melhor, o fodástico piloto Poe Dameron, tem seus momentos de destaque no filme e isso graças a versatilidade do ator Oscar Isaac, frequentemente visto nas telas como vilão. Aqui o ator demostra que também pode ser um grande herói da resistência! Mais atuante que o estimado Wedge Antilles, da trilogia clássica, pois vemos Poe atuar como agente de campo da Resistência também. Já o ex-Stormtrooper, Finn, é o personagem mais complexo, para mim, ao mesmo tempo em que é engraçado. Com os melhores momentos de humor no filme, mas também protagoniza muitas das melhores cenas de ação, inclusive, portando o Sabre de luz. Ele prova ser um sensitivo a Força, ao ouvir como se milhões de vozes gritassem de terror, e de repente fossem silenciadas, com a destruição da República pelo raio destruidor de sistemas da base Starkiller. John Boyega, que interpreta Finn, demonstra muita sensibilidade ao atuar em cenas “mais realistas” da saga Star Wars! Cenas, como Finn enfrentando uma tempestade de areia e em seguida correndo desesperado em busca de água após enfrentar o sol escaldante do planeta desértico de Jakku. Esse tipo de coisa, que podem ser meros detalhes, você jamais havia visto em filmes de Star Wars. Outro grande destaque fica para o vilão Kylo Ren, vivido por Adam Driver. Na minha opinião, soube dosar muito bem os vários conflitos do personagem. A sua personalidade reflete a de um garoto mimado. “Eu consigo tudo o que quero”, diz o personagem, que certamente esperava o reconhecimento de alguém muito importante na história da galáxia. Não o obtendo, buscou a referência de uma outra figura MUITO CONHECIDA. Fatores externos, como a presença de um influenciador, também contribuíram para a queda do personagem as trevas. Embora Kylo admita estar sendo tentado pela luz , o oposto de seus antecessores, Anakin e Luke Skywalker, que foram tentados pelas trevas. O momento em que Kylo abraça de uma vez a escuridão em sua alma, é uma das melhores sutilezas visuais do filme.

Há outros personagens que surgem nesse filme, como: a sábia Maz Kanata, o general Hux, da Primeira Ordem e o Supremo Líder Snoke. Eles tiveram participações breves mas bem pontuais, exceto, a Capitão Phasma, que apesar de impor respeito visualmente, limita-se a ser comparada com um outro personagem da trilogia clássica. Enfim, o filme é uma experiência que vai mexer com os seus sentimentos de fã da saga, no tom certo. Sem exageros nos efeitos em CGI ou excessos megalomaníacos nas cenas de ação. Tudo foi feito e pensado com maestria, do figurino aos easter eggs. Demonstrando o acerto da Disney em revitalizar a franquia, rebootando o antigo Universo Expandido e trazendo a magia de você ser surpreendido e sair da sala de cinema pensando nas questões deixadas para os próximos episódios! E nunca foi tão emocionante rever os personagens clássicos. Um sonho realizado vê-los em tela novamente depois de anos acompanhado suas aventuras em maratonas e maratonas da trilogia ou em outras mídias que por vezes não respeitavam muito bem a essência desses ÍCONES.

Nota: ALTO MESTRE JEDI YODA DE O IMPÉRIO CONTRA-ATACA!!!!