Point of View: A Ascensão Skywalker!

A ÚLTIMA GUERRA NAS ESTRELAS…

Finalmente, o novo ciclo iniciado em 2012 se encerra em Dezembro de 2019. O episódio IX da trilogia da Era Disney já está entre nós. O filme traz o trio Rey, Finn e Poe muito mais coeso e desenvolvido do que no longa anterior dirigido por Rian Johnson. Temos mais ação e emoção também. O sentido de urgência para a derradeira e funesta batalha é muito mais sentido aqui. A sombra do lado negro dos Sith retorna na voz e presença “viva” do Imperador Palpatine, encobrindo toda a galáxia!

“O lado negro da Força é o caminho para habilidades que muitos consideram como não-naturais…”

Essa frase do Episódio III A Vingança dos Sith (2005) diz muito sobre a volta do maior e melhor dos vilões dessa saga! Trazer Palpatine novamente para a última guerra nas estrelas, foi a sacada de mestre de JJ Abrams, que por sua vez, diferentemente do seu episódio de apresentação – O Despertar da Força – tratou de conectar todos os pontos. Agora, sabemos de fato, quem era Snoke, o que era a “Primeira Ordem” que culmina na “Ordem Final!” e o passado secreto e sombrio de Rey (retcom básico). Tudo isso está ligado a Darth Sidious, o lorde Sith que influenciou milhares de senadores na antiga República, derrotou os Jedi e trouxe a maior promessa deles para o seu lado. Este mesmo “homem” é o avô de Rey e um dos responsáveis por trás da queda de Ben Solo na figura de Snoke. A batalha final contra esse chefão do mal, junto a um Ben Solo já redimido, é o momento épico desse filme.

Eu sou todos os Sith X Eu sou todos os Jedi” marca o ponto final contra o maior inimigo da família Skywalker, que se encerra tal qual o episódio de quando as trevas sobrepujaram a luz, Rey assume o manto, legado e o sobrenome Skywalker no mesmo pôr de sóis de Tatooine contemplado por Luke Skywalker em A Vingança dos Sith e Uma Nova Esperança.

Ter nas mãos a tarefa de encerrar uma saga de nove filmes é uma missão difícil e por vezes ingrata, mas JJ foi sincero e corajoso em assumir que “Sabíamos desde o começo que qualquer decisão que fizéssemos – a decisão de design, a musical, a narrativa – iria agradar alguém e [ao mesmo tempo] enfureceria outra pessoa. E estão todos certos.” Os pontos mais baixos ficam por conta de Chewbacca (Joonas Suotamo assumindo de vez o ‘traje’ do falecido Peter Mayhew) que só fica sendo jogado pra lá e pra cá – esperava uma cena dele voltando para a família em Kashyyyk. Os tais Cavaleiros de Ren que tão somente entram mudos e saem calados depois de levarem uma surra preguiçosa de Ben Solo com o sabre de luz do avô. A participação de Rose Tico também foi suprimida junto a R2 que dá suporte ao dessa vez JUSTIÇADO C3PO. Enquanto BB8 se deslumbra com o agradável D.O (na voz do próprio JJ Abrams) e Lando Carilssian sendo a voz sábia e esperançosa para a nova geração durante o triste fim de Leia Organa.

A mensagem de uma epopeia espacial

Entre os erros e acertos, Star Wars tem sempre em seu melhor as metáforas com as próprias coisas da vida: “O medo é o caminho para o sofrimento se você se apegar ao que tudo passa, verdades dependem do ponto de vista, nem tudo aquilo que parece é, não terá todas as as respostas e a falha pode até ensinar” e enfim. A Ascensão Skywalker não foge a regra, sim, existe redenção e existe a dúvida porque seres humanos são muito complexos, assim como o sangue, a genética não pode determinar quem você é. Por isso Luke e Leia não foram como Padmé e Anakim apesar de traçarem caminhos análogos.

O poder pode corromper e te tornar tão egoísta a ponto de não aceitar nem mesmo a morte, assim como pode unir as pessoas a lutar mesmo quando não se vê chances. A Força, o tal campo de energia da vida é muito mais forte e atuante nesse último filme da saga Skywalker, que não precisa apelar para ações mirabolantes de homens verdes gigantes e armaduras de alta tecnologia contra lunáticos capazes de mudar as leis do universo.

Star Wars é jornada! E a metáfora para o crescimento e conhecimento de nós mesmos, o bem e o mal sendo opostos porém interligados. É a magia, o desconhecido que nos fascina graças ao mistério do que está além; isso estará sempre nos corações como esteve por mais de 40 anos.

Sempre…