Point of View: Os filmes de Star Wars, do pior para o melhor
Hello There!
De volta em mais um artigo da série “Point Of View”, onde este que vos escreve, expressa a sua opinião sobre os mais diversos assuntos relacionados a nossa querida e adorada saga. No artigo da vez, apresentarei meu “ranking” pessoal dos 10 filmes lançados até 2018.
Não incluirei o longa “que deu origem a série” – quem nasceu nos anos 80/90 ouviu muito essa frase. The Clone Wars, lançado nos cinemas em 2008. Não é nem por se tratar de um longa animado, mas meu foco aqui são os live action mesmo. Também não adicionei à lista os filmes dos Ewoks, porque são filmes dos Ewoks! Não vejo muita coisa de Star Wars ali.
Obviamente, como já expliquei, volto a ressaltar que essa lista é extremante uma opinião pessoal de fã. Não sou especialista em cinema, crítico ou coisa do gênero. Segui uma tendência de muitos sites e canais do You Tube que fizeram listas como essa. Apesar de seguir a mesma ideia, minha visão é um pouco diferente da consensual.
10º – HAN SOLO – UMA HISTÓRIA STAR WARS
Personagens bacanas, porém numa trama chata em ritmo enfadonho ainda forçando a barra para explicar coisas desnecessárias – como o sobrenome Solo – CENA RIDÍCULA!
Apesar de tudo, tem coisas boas, como o jeito em que introduziram Chewie, o mentor Tobias Becktt, Q’Ira, o jogo de Sabbac e Lando. Porém faltou mais peso no passado de Han, ritmo na última missão e mais uma vez não precisava tentar explicar o que não precisa ser explicado.
O longa foi de um HATE total e fracassou nas telas. Levando a Disney/LucasFilm a “repensar sua vida”. Merece o último lugar, em minha opinião.
9º – EPISÓDIO VII – O DESPERTAR DA FORÇA
Em primeiro lugar, não sou hater dos filmes da era Disney! longe disso.
Gosto deles. Mas o primeiro dessa nova leva, infelizmente, exagerou nas “homenagens”, trazendo poucos e mal explicados conceitos – de onde veio de fato a Primeira Ordem? De onde saiu esse Snoke? O que são esses “Rens”? Novos Sith, que não seguem a regra de dois? Entenda que a saga tem todo um universo bem pavimentado e estabelecido – não sou contra a “criar/ trazer” novos conceitos, desde de que esses não sejam genéricos dos existentes – falo de você, sr. Snoke Palpatine Genérico!
Em contra-partida, gostei de trazerem uma protagonista – Sim, gosto da Rey Mary Sue da Silva Skywalker. Um piloto de X-WING no trio principal, bem como o ex-trooper, Finn – meu personagem favorito dessa nova leva. Merece o nono lugar, não o acho melhor que qualquer outro filme das prequels, podem me julgar.
8º – ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS
Rogue One – complicado encaixá-lo aqui. Na verdade, é um filmaço, mas infelizmente Jyn Erso, a protagonista, é muito mal desenvolvida. Esperava mais cenas dela crescendo e sendo treinada por Saw Guerrera, bem como, mostrar o ponto de ruptura, a origem de sua apatia pela a causa rebelde. Os outros personagens são todos muito bons, não tem como não se afeiçoar ao dróide K2SO e não se empolgar com o guardião Chirrut, tão pouco não VIBRAR COM ISSO:
Rogue One, merece o oitavo lugar. Poderia estar até melhor colocado, mas sou mais do time Jedi/Sith/Força. Portanto, esse é um filme mais de guerra e tal. E Star Wars, pra mim, é mais sobre a Força e seus “escolhidos”. Mero gosto pessoal.
7º – EPISÓDIO VIII – OS ÚLTIMOS JEDI
O filme que literalmente “dividiu” o fandom. Eu sou dos que gostou mais do que desgostou. O problema maior com o EP VIII, ao meu ver, foi a aventura de Finn e Rose. Uma chance perdida de incluir um arco mais “aventuresco”, com lutas, fugas e criaturas ameaçadoras, bem ao espírito seriado matinê que George Lucas sempre teve predileção e referenciou. A mensagem de quem só lucra são os poderosos na guerra, bem como o tema central de toda a película – a falha é quem ensina. É muito interessante, e nos remete aos bons tempos de O Império Contra-Ataca.
Contudo, a aventura de Finn é enfadonha e sem propósito, encontrar o ladrão decodificador, coincidentemente, dentro de uma cela nos remete mais a uma aventura de RPG narrada por um mestre iniciante. Uma conveniência de roteiro que não deve ser ignorada. Já o herói da trilogia original, Luke Skywalker, está controverso, desconstruído e ranzinza – um monge caído. Mas no final se torna a LENDA que a galáxia precisa. Ele carrega o filme nas costas e joga suas expectativas por elas – tal como o sabre de luz de seu pai. Merece o sétimo lugar.
6º – EPISÓDIO II – O ATAQUE DOS CLONES
O romance de Anakin e Padmé, apesar de necessário, junto a trama investigativa de Obi-Wan tiram o ritmo do filme. Diálogos e direção nunca foram o “forte” do criador da galáxia muito distante. A trama envolvendo o tal mestre Zaivo Vias, é deveras confusa. Padmé deveria continuar a ser perseguida por Bounty Hunters em Naboo – sob a proteção do intrépido padawan, Anakin Skywaker – o único que de fato “a persegue” à beira do lago, com seus monólogos sobre areia.
O arco de Obi- Wan, visivelmente mais experiente e carismático, culmina na maior guerra da galáxia, as tais Guerras Clônicas citadas por ele mesmo anos mais tarde ao filho de seu velho amigo. Ótimas sequências de ação, perseguição e lutas de sabre de luz – Yoda mostra por que é o grão mestre da Ordem Jedi. A despeito de uns e contentamento de outros. Merece o sexto lugar.
5º – EPISÓDIO III – A VINGANÇA DOS SITH
Ok. É o filme que nos traz a origem de Darth Vader, a derrota final dos Jedi através de seus maiores inimigos e fecha um círculo iniciado em 1977. A saga estava completa, por enquanto. No entanto faltou mais desenvolvimento em Padmé – George poderia ter incluído a cena do nascimento da Aliança Rebelde, deletada na edição. Anakin após vencer Dookan, fica de um lado para o outro, sem fazer mais nada até ser finalmente seduzido pelo lado negro da Força. E C-3PO é outro que só está ali por estar. Darth Vader mesmo, com sua armadura icônica e presença marcante somente nos minutos finais, com poucas falas – NOOOO! E subaproveitado.
Entretanto, quem rouba a cena mesmo é o Imperador Palpatine – o filme é dele, ou melhor dizendo, Darth Sidious! O Lorde Negro chega ao ápice de suas maquinações e manipulações dignas de Mefistófeles, em meio ao espetáculo de grandiosas lutas de sabre de luz, batalhas espaciais e perseguições. Tudo isso somado a uma atmosfera muito mais sombria e violenta. De fato, é o filme mais obscuro da saga. Merece o quinto lugar.
4º – EPISÓDIO IV – UMA NOVA ESPERANÇA – O CLÁSSICO “GUERRA NAS ESTRELAS”
Aqui foi o começo de tudo – embora começando pelo meio. Star Wars foi um fenômeno cultural, sem precedentes. O retorno a fantasia, a aventura, a sintetização da jornada do herói, a exemplo de Rei Arthur, Moisés e Frodo. O jovem fazendeiro Luke Skywalker se torna um símbolo para uma geração. E Darth Vader o maior dos nêmesis.
Se fosse feito hoje, seu criador, o visionário George Lucas, afirma que jamais faria de forma diferente (não começaria pelo episódio I, no caso).
Não, nunca. Não gosto de contar origens, o começo das coisas, gosto de começar pelo meio. Quando todos os elementos já estão no lugar. Fiz assim com Indiana Jones, com American Grafitt e o primeiro Star Wars.
George Lucas em entrevista concedida a revista SET – ED 205. Maio de 2005.
Como a maioria dos fãs já sabem, a narrativa do EP IV é contada pelo ponto de vista dos dois dróides, R2 e 3PO. Na época, um acerto. Atualmente, essas cenas de início são deveras lentas demais. A ação que realmente interessa demora a engrenar. Personagens como o velho Ben Kenobi e a princesa Leia poderiam ser mais bem desenvolvidos e Luke poderia demonstrar mais sensitividade com a tal “Força” no seu cotidiano, antes de embarcar na aventura com Kenobi, Han e Chewie. Mas clássico é clássico. Suas muitas qualidades cobrem seus defeitos. Merece o quarto lugar.
3º – EPISÓDIO VI – O RETORNO DE JEDI
A última batalha entre Rebelião x Império (na época). O teste final de Luke Skywalker para se tornar um Jedi e o resgate de Han Solo preso por Jabba, O Horrendo – quem assistiu em VHS vai pegar a referencia. Imagino a expectativa das pessoas em 1983 quanto a esse filme. O episódio VI tem o melhor ritmo entre os filmes da trilogia clássica. A cena das Speeder Bikers continua incrível até hoje e vemos a evolução do fazendeiro do planeta longínquo chegar ao seu ápice, nesse filme. O maior problema pra mim, são apenas os Ewoks! Eu gostei deles, mas foi forçado eles terem vencido a batalha de Endor.
O maior mérito de O Retorno de Jedi – a tradução correta seria O Retorno dos Jedi ou do Jedi – está justamente ligada ao seu título. O jedi que “retorna”, não é Luke Skywalker, mas seu pai Anakin Skywalker, mostrando que o lado negro de cada um de nós depende das nossas escolhas para fluir. Contudo, o verdadeiro herói não é aquele cuja a índole jamais cede ás tentações, e sim aquele cuja a honra e coragem de reencontrar o caminho da luz e redenção, após suas falhas. O filho consegue redimir o pai – uma linda mensagem para todas as gerações. Merece o terceiro lugar.
2º – PASMEM! EPISÓDIO I – A AMEAÇA FANTASMA
Taxações de rotas comerciais, debates infindáveis no Senado galáctico e Jar Jar Binks. É chavão, e não vale a pena ficar apontando os já saturados problemas com o episódio 1. Não vão encontrar isso aqui. Eu vi o filme pela primeira vez em 1999, com 17 anos. Foi uma experiência muito bacana em meio a um vendaval de problemas que enfrentava na época (separação dos pais, mal-desempenho escolar e não tinha uma namorada). Então eu tenho um carinho especial por esse filme ter sido uma fuga para um mundo mais “divertido” na época.
Os efeitos especiais ainda são deslumbrantes. Temos Coruscant, a corrida de pods, as melhores cenas de luta com sabre de luz da saga – ainda acho – e alguns efeitos práticos em meio ao nascimento da era CGI. E Qui-Gon Jinn, meu Jedi favorito.
A decisão de voltar ao passado e explicar todos os fatos se deve a minha vontade de mostrar a história de Darth Vader, do começo ao fim. Quando você assiste aos filmes na ordem cronológica, tudo faz sentido. Desde as taxa de rotas espaciais, as manipulações de Palpatine e a Guerra.
George Lucas em entrevista concedida a revista SET – ED 205. Maio de 2005.
Devido a uma experiência/memória afetiva e valores pessoais, Star Wars – A Ameaça fantasma merece o segundo lugar.
1º – hors concours – EPISÓDIO V – O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
Episódio que me fez fã. Império contra-Ataca me lançou nesse universo fantástico lá em 1997, quando a trilogia clássica fez 20 anos tendo uma re- estreia nos cinemas, esse foi o primeiro filme que vi.
O ritmo ainda peca um pouco. Leia continua sem desenvolvimento e os outros caçadores de recompensas: Bossk, 4-lom, Zuckss, IG-88 e Dengar são sumariamente deixados de lado para dar espaço somente a Boba Fett.
Em termos de filme, esse é o melhor, sem dúvidas, traz Yoda explanando e mistificando os conceitos da Força sem soar desconfortável, vemos o treinamento de Jedi para Luke – com testes que farão sentido no filme seguinte. O romance não forçado entre Han e Leia, batalha excelente e ininterrupta entre Império e Aliança em Hoth. O duelo épico entre Luke e Darth Vader culminando na maior revelação da saga, quiçá da história do cinema!
Pois bem galera, esse foi o meu “ranking” dos 10 filmes que temos – até agora – da nossa tão amada Saga Espacial. Confesso que foi bem difícil selecioná-los. Na verdade, tenho um grande apreço por todos. Sei reconhecer os méritos e os deméritos de cada um deles. Mas ainda assim, são os filmes da minha franquia/saga preferida! Pra mim, não tem Marvel, Harry Potter, Matrix e o escambau. É Guerra nas Estrelas, ontem, hoje e sempre.
Mas peço a você, meu nobre, que faça seu ranking também, critique o meu, elogie tudo na forma de comentário logo abaixo.
MAY THE FORCE BE WITH YOU.