Point of View: Resenha Rogue One! Um parque de diversões Star Wars

Mais um artigo da série point of view, onde orgulhosamente expresso a minha opinião sobre assuntos relacionados a nossa amada saga!

ESTE ARTIGO POSSUI SPOILERS

Dessa vez, dando minhas humildes impressões sobre esse filmaço que, com louvor, inaugura com chave de ouro a Era dos Filmes derivados da franquia mais aclamada de todos os tempos. A aposta mais incrivelmente acertada da Disney !

“Uma Galáxia sempre em movimento está…”

É curioso, como tão somente a Saga Star Wars tem o poder de contar histórias interessantes, no passado, no futuro e passado por diversos períodos e eras, estabelecidas pela franquia que, como poucas, sempre funcionou muito bem como transmídia. No entanto, o cinema, a mídia primordial da franquia, até meados de 2012, era um campo apenas explorado pelo o seu então criador, o Sr George Lucas, que havia fechado um ciclo nas telas, contando a trágica trajetória de Anakin Skywalker/Darth Vader. Mas ao vender a sua galinha de ovos de ouro, um novo ciclo começou! E a maior aposta da Disney, a nova dona da propriedade intelectual, não era nem tanto uma nova trilogia, trazendo novamente os atores clássicos da consagrada primeira trilogia lançada nos cinemas nos idos anos 1977. A aposta perigosa seria fazer filmes derivados da rentável franquia, contando historias que não seriam do eixo “Família Skywalker”. E o primeiro deles foi Rogue One: Uma história Star Wars. Dirigido pelo competente Gareth Edwards, de Godzilla (2014) que embora trouxe uma direção segura e acurada, pecou no ritmo inicial do filme que demora a engrenar e tomar forma. Além do arco da protagonista Jyn Erso (Felicity Jones), que começa ainda na sua infância e abruptamente muda para sua fase adulta já como uma prisioneira imperial. No filme, descobrimos que Jyn Erso, depois de perder os pais, foi criada por Saw Gerrera (Forest Whitaker) um líder extremista que luta contra o Império. Um excelente personagem vindo da série The Clone Wars que, marcado pelos horrores da guerra, se tornou um Darth Vader dos rebeldes do planeta Jedha, um dos muitos novos mundos apresentados na película. Jedha é uma espécie de Jerusalém da força na galáxia de Star Wars. É alvo de testes da estrela da morte. Ainda sobre o arco de Jyn Erso, senti falta de mais flashbacks mostrando um pouco mais dessa relação pai e filha entre Jyn e Saw. Talvez uma cena com treinamento de blasters, com uma Erso adolescente cairia bem, já que agora temos flashbacks e nomes dos planetas mostrados em tela, recursos até então nunca utilizados na narrativa de um filme da Saga, que tinha toda uma identidade visual própria. Se por um lado isso não incomodou, por outro senti falta sim do texto clássico inicial dos filmes, pois se colocaram o clássico “Há muito tempo em uma galáxia…”, na mente você aguarda o grandioso tema de John Williams em seguida.

Os bons e velhos personagens

Outra aposta seriam os novos personagens, apresentados em um período amplamente conhecido pelos fãs. Mesmo a tal primeira batalha vencida pelos rebeldes, onde os planos da Estrela da Morte foram roubados, nunca ter sido mostrada em nenhuma outra mídia. Aqui vemos novos personagens que foram muito bem aproveitados! Dois deles roubam a cena: Um deles é Chirrut Îmwe, vivido por Donnie Yen com os melhores momentos de ação e devoção religiosa no filme: “A FORÇA ESTÁ COMIGO E EU ESTOU COM FORÇA”. É o seu mantra constante em diversas situações. Além, é claro, da sua majestosa perícia marcial que é um vislumbre visual ao amantes de filmes de artes marciais. Seu parceiro Baze Malbus (Wen Jiang) também manda bem com sua arma de múltiplos raios, no entanto, o outro que rouba a cena mesmo é o dróide reprogramado do Império K-2SO (Alan Tudyk) com as melhores frases e piadas no filme. Outro destaque fica para os personagens feitos em CG do Grand Moff Tarkin e Princesa Leia. Embora tenham ficado um pouco destoantes e meio esquisitões em tela, seus momentos são marcantes e emocionantes para os fãs, bem como os diversos Easter Eggs, espalhados pelo filme.

Ele está de volta

O Diretor Krennic (Ben Mendelsohn) está excelente no filme, suas tropas da morte intimidam e o personagem tem seus bons momentos de vilania. Seu arco de personagem está ligado a Galen Erso (Mads Mikkelsen), o pai de Jyn Erso, que trabalhou na construção da estação bélica espacial do Império. Mas obviamente que, quem marca aqui, e não poderia ser diferente, é o vilão mais icônico e agora mais querido dos cinemas, o Lorde Negro dos Sith Darth Vader! Com toda a sua imponência, voz marcante e sua figura sombria e apavorante!

Nosso grandioso vilão não só é apresentado de forma digna, trágica e amedrontadora como tem uma cena de ação e terror! Sim, terror nunca antes visto em tela! Um deleite para os fãs do Lorde Sith! A Disney, Gareth Edwards e todos os envolvidos trouxeram a Força de volta as telas nesse ano de 2016. De um jeito clássico! Somado a tudo isso, Rogue One: Uma história Star Wars, é um grande filme da saga, que não é melhor que O Império Contra Ataca, nem supera O Despertar da Força, na minha opinião. Mas abre portas para a nova era de filmes derivados da saga de forma esperançosa!

“Que a força e a esperança estejam com vocês. Pois a Disney está com Força e a Força está com ela.”

Nota: CAVALEIRO JEDI (3,0 de 5,0).