Resenha: Battlefront – Companhia do Crepúsculo

A Primeira Guerra Civil Galáctica assola os planetas. Nas ruas e becos de cidades destruídas, frentes da Aliança Rebelde lutam contra o inimigo, avançando em território imperial e enfrentando a dura e sanguinária realidade da guerra. Implacáveis, experientes e ferozmente leais entre si, os membros da renegada Companhia do Crepúsculo tomam a frente dessa batalha. Eles sobrevivem com coragem a situações que destruiriam outros soldados, e a rebeldia é sua arma mais poderosa contra armadilhas mortíferas.

Star Wars é uma saga de filmes que, apesar de ter o Wars, ou Guerra, no nome, não foca muito nisso nas telonas, ficando apenas como plano de fundo da aventura, fantasia e capa e espada. Battlefront: Companhia do Crepúsculo é um livro que vem nos jogar diretamente na guerra, no conflito que está acontecendo entre Império e Rebelião. O livro se divide em quatro grandes partes: Retirada, Reagrupamento, Ataque e Cerco. Foi escrito por Alexander Freed.

Na trama, acompanhamos a 61ª Infantaria Móvel da Aliança Rebelde, chamada de Companhia do Crepúsculo, que luta as batalhas mais difíceis pela rebelião. O personagem central é o sargento Hazram Namir, um soldado com vasta experiência em batalha, desde antes mesmo de entrar para a aliança. Junto dele, conhecemos diversos novos personagens que integram a companhia, personagens que prendem nossa atenção e por diversas vezes nos vemos torcendo pela vitória deles. São personagens que nos importamos com eles por serem muito bem construídos. Por ser um livro de guerra, muitas mortes acontecem e os soldados da companhia tem que conviver com as perdas constantes. Isso chega a doer em quem está lendo, mas retrata muito bem a realidade de uma guerra.

A presença do mal do império, em especial na figura de Darth Vader está, repetidamente, ao redor dos personagens, principalmente nas duas primeiras partes do livro. Os grandes heróis da rebelião, que vemos nos filmes, são apenas mencionados aqui. O foco não é no alto comando da rebelião, mas sim nos soldados de campo, em quem faz a coisa acontecer de verdade. Apesar disso, no momento do encontro de alguns dos protagonistas com o alto comando na base central da rebelião, você chega a imaginar esses personagens nos filmes, no fundo de uma ou outra cena.

Em alguns capítulos esporádicos, a trama se intercala com outras duas histórias, de um soldado jovem e de uma stormtrooper, isso mesmo, uma mulher que é stormtrooper, tudo bem situado no momento da história da galáxia, não deixando o leitor se perder na linha do tempo, mas para isso, o leitor precisa saber que as datas dos grandes acontecimentos da galáxia: que as guerras clônicas se encerraram 19 anos antes do episódio 4 e que o episódio 5 se passa três anos após o 4. No fim do livro, as três linhas narrativas se encontram e se amarram de uma maneira muito boa.

Assim como já foi visto em Rogue One, nem todos os membros da Aliança são bonzinhos e nem todos os membros do império são do mal. São apenas pessoas que precisam, de alguma forma, sustentar suas famílias. Estão em um dos lados da guerra apenas pela necessidade e não pela ideologia. Isso é muito bem retratado no personagem central, Namir, bem como na governadora Chalis, que é presa pela companhia logo no início do livro e por diversos outros personagens.

O tom cinza e pesado do livro é bastante positivo, principalmente quando vemos os personagens evoluindo e entendendo suas motivações para estarem ali lutando e seguindo em frente. Este livro me surpreendeu muito e está empatado com o Estrelas Perdidas como meu livro favorito do novo cânone.

Confira nossa resenha em vídeo:


Livro especialmente cedido pela Editora Aleph

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