“Quase quarenta anos após os acontecimentos de Star Wars – Episódio VI, Lando Calrissian recorre aos velhos  amigos Han e Leia , a fim de enfrentar um estranho conflito com piratas espaciais em sua nova refinaria na orla exterior. Mas um cheiro de conspiração paira no ar, e as ameaças se mostram muito maiores que o simples assédio de grupos de assaltantes siderais. Apenas uma complexa investigação será capaz de desvendar as verdadeiras intenções dos piratas e de uma suspeita corporação, chamada Tecnologia de Exploração Galática.”

Quando se fala em Star Wars, a ideia que vem em mente é aventura. Esta que, nos faz viajar dentro de nossas mentes e imaginar como seria se estivéssemos inseridos nesse universo maravilhoso. Como resolveríamos os problemas dos nossos personagens queridos, ou até mesmo se estaríamos do lado “certo” da guerra.

Troy Denning fez uma tentativa de nos transportar para esse mundo e trazer uma última saga do universo expandido. O trio favorito dos fãs, Han, Luke e Leia estavam de volta. Na companhia de Lando Calrissian, que estava com problemas. Apesar da boa premissa, o escritor desenvolve tudo de forma cadenciada e sem estímulo. Alguns capítulos são longos demais sem a real necessidade, uma vez que, nada de muito relevante para a trama é apresentado. Alguns erros na tradução ao longo da leitura atrapalharam o entendimento imediato.

Mas ao falar sobre a história, pode-se dizer que o início foi muito bom. O escritor nos ambientou num cenário muito parecido com o de UMA NOVA ESPERANÇA, onde estamos em uma espécie de bar e há uma negociação com um personagem (até aquele momento) desconhecido. Logo em seguida, uma sequência de ação alucinante com golpes, tiros, sabre de luz e outros fatores de deixar o leitor ansioso.

O meio do livro é o grande problema. A apresentação dos irmãos Qreph, Marvid e Craitheus, que no início pareciam ser tão inteligentes quanto o nosso vilão azul “Thrawn”, mas o desfecho foi um tanto quanto indesejado. A adição de muitos personagens em 26 Capítulos faz com que quase nenhum deles tenha um bom desenvolvimento. Como por exemplo,a neta de Boba Fett, Mirta Gev. A biota (cópia de um ser) Dena Yus, que foi responsável por uma catástrofe. Ou até mesmo a sith Vestara Khai, que hora era ameaça, e depois não fazia diferença. Fora outros personagens que entraram “mudos” e saíram “calados”. Mas vale ressaltar o ápice do livro, o jogo de Sabacc entre Han e os irmãos Qreph. Um combate entre malandragem VS intelecto, no qual nos proporciona um conteúdo espetacular.

O desfecho foi algo que Troy Denning deveria ter aproveitado em toda sua obra, relatando os desígnios da força de forma magistral. Algo que faz Luke Skywalker entender de uma vez por todas, como funciona o equilíbrio das energias do “bem” e do “mal”. Aliás, por coincidência (ou não), Star Wars – The Last Jedi que será lançado em dezembro desse ano, provavelmente abordará esse tema.

O livro “Provação”, vale lembrar, é do selo LEGENDS e não faz mais parte do cânone oficial da saga. Tem suas falhas, claro, mas ainda sim é possível retirar boas coisas e experiências.

Que a Força esteja com vocês amigos!!