Star Wars Rebels terá Jedis que abandonaram a ordem e as origens da Aliança Rebelde

star-wars-rebels-sdcc-20141Simon Kinberg e Dave Filoni, um dos roteiristas da nova fase da franquia Star Wars e o diretor de Star Wars Rebels, conversaram com o pessoal do Omelete durante a San Diego Comic-Con 2014 sobre o futuro da série e seu novo desenho animado.

Segundo Kinberg, há dois anos os principais roteiristas das histórias de Star Wars a partir daqui reuniram-se durante um mês inteiro no Rancho Skywalker, a antiga sede da Lucasfilm, para definir os rumos da saga. “Falamos sobre as continuações, os filmes derivados e, logo na sequência, a respeito da série na televisão. Foi aí que criamos o conceito para Star Wars Rebels. Eu sempre quis explorar melhor esse período, pois há muitas lacunas que eu quero ver preenchidas entre os Episódios III e IV”.

Star Wars Rebels, assim, contará origem da Aliança Rebelde, “com suas primeiras fagulhas de resistência… eu sou muito fã de história e achei bacana incorporar algo assim ao cânone de Star Wars”, explicou Kinberg. Para o roteirista, o desafio de criar esse capítulo está sendo encontrar personagens e situações que sejam fiéis à trilogia original e ao mesmo tempo tenham novos personagens, para atrair os mais jovens. “Temos que criar uma espécie de ponte entre gerações”, contou.

A trama acompanhará o surgimento da primeira célula rebelde, guerrilheiros que enfrentarão o Império, mergulhando no universo que conhecemos do cinema. “Vamos mostrar muitos personagens conhecidos, mas eles não serão os principais. Os veremos sob outros olhos. Sou muito nostálgico pela trilogia original e a série é a mais importante da minha vida, pois foi ao final do primeiro filme que decidi que queria, de alguma forma, fazer cinema. Estou muito empolgado com o futuro – recusar esse trabalho seria, pra mim, como recusar a chance de escrever um novo capítulo da Bíblia”, brincou.

O diretor Dave Filoni, por sua vez, revelou que o criador de Star Wars, George Lucas, não tem qualquer envolvimento na série. “Ele foi meu mentor e tudo o que eu sei veio de nossas longas e frutíferas conversas sobre a série. Tive muita sorte em trabalhar tantos anos ao lado dele, mas George entende que chegou a nossa vez de comandar os rumos do que ele criou – e está perfeitamente em paz com isso. Ele sequer viu ainda Star Wars Rebels! Mas imagino que uma hora o fará”, disse.

Parte dessas discussões envolvem o que houve com os Cavaleiros Jedi depois da Ordem 66, que os exterminou em Star Wars: Episódio III. “Eles estão escondidos pela galáxia. Os poucos que sobraram, claro. Na trilogia clássica fala-se do ‘último jedi’, mas isso não é bem verdade. Obi-Wan precisava dramatizar os fatos para que Luke abraçasse o caminho correto – e pode ser que ele sequer soubesse que alguns de seus companheiros ainda vivem. Há outros… mas nem todos são jedi mais”, seguiu Filoni.

O diretor explicou que ser um Jedi é seguir as regras de uma ordem – e que essa organização foi abalada com os eventos dos Episódios I, II e III. “Muitos jedi reconhecem que foram enganados por Palpatine e que foi sua própria violência, um conceito que deveriam enfrentar de outras maneiras, que deu poder ao Império. Assim, boa parte dos que sobreviveram à Ordem 66 esconderam-se e juraram nunca mais empunhar um sabre de luz, renegando a violência e vivendo em meditação e contemplação pela destruição que ajudaram a causar”, explicou o diretor.

Filoni também sugere que veremos outros usuários da Força que não são nem Jedi, nem Sith. “Essas duas ordens usam a Força, mas são como religiões. Há várias que acreditam no mesmo Deus, mas seguem preceitos diferentes. Aqui será a mesma coisa. Você pode usar a Força e não ser nem Jedi, nem Sith. Há uma galáxia enorme lá fora – e ainda nem começamos a explorá-la”, disse.

Taylor Gray, que dubla o jovem guerreiro Ezra, disse que Filoni é tão controlador do que se refere ao tom do desenho animado, que proibiu que qualquer um que ainda não tenha assistido à hexalogia visse os Episódios I, II e III. “Estamos completamente focados em recriar a atmosfera do Episódio IV agora”, revelou, lembrando que até o visual emprega designs não utilizados no cinema e criados por Ralph McQuarrie para o filme de 1977. “Essa é nossa influência principal, além de outros filmes de guerra, como Império do Sol, pela maneira como retrata como é viver em um mundo em turbulência política e guerra”, concluiu Filoni.

A série estreia em outubro nos EUA, no canal pago Disney XD.

Fonte: Omelete


 

Eu gostei muito do ponto de vista de ambos, e também do de George Lucas. No lugar dele, eu tomaria a mesma decisão, deixaria para assistir a série somente quando estreasse na TV e os filmes somente no cinema. Eu estou com grandes expectativas de ver produtos audiovisuais de Star Wars sem a influência de George Lucas e lideradas por grandes fãs da saga.

Ouça abaixo as nossas expectativas para Star Wars Rebels no KaminoKast 34.

Deixe aí nos comentários o que você achou dessas informações de Star Wars Rebels trazidas pelo Omelete.