Logo após a jornada contra aranhas e X-Wings, o trio está  finalmente chegando ao planeta de destino, onde finalmente a Senhora Sapo poderá encontrar com seu marido e Mando poderá conseguir mais pistas de onde encontrar outros mandalorianos. A aterrisagem no planeta parecia estar tranquila, até a Razor Crest simplesmente tombar da plataforma de pouso e cair no oceano, como se finalmente tivesse desistido de tentar voar.

Logo de cara um rosto alienígena conhecido aparece, com um Mon Calamari recebendo Mando na plataforma e “acertando” o que deve ser feito na nave para que ela seja reestabelecida. A Senhora Sapo encontra o Marido e este mostra um local onde Mando pode conseguir as informações de onde estão os outros mandalorianos que tanto procura. Ao chegar na cantina, outro Mon Calamari vai atendê-los e oferece uma sopa para a Criança. Talvez a cena mais engraçada deste episódio é justamente o momento em que uma espécie de mini polvo ataca a Criança (tive um ataque de fofura nesse momento, apesar do sofrimento dele rsrs) e Mando simplesmente dá uma cutucada com sua adaga e mata a criatura. Após salvá-lo, Mando diz “Não brinque com a comida”, reforçando o lado mais sarcástico e paternal dele.

O Mon Calamari indica uma pessoa que vai até a mesa de Mando para oferecer informações e diz que sabe onde estão “outros como ele” e que estão a apenas algumas horas de barco. Esse foi um ponto que achei bem curioso, pois nunca havia visto um barco no universo Star Wars (tirando aquela canoa que Anakin e Padmé utilizam para chegar ao esconderijo da senadora, durante o Ataque dos Clones) e achei interessante. Em um universo dominado por speeders, naves e todos os outros meios de locomoção voando sobre o solo, utilizar um barco foi algo que se destacou.

Durante a viagem de barco, ficou evidente que aqueles que estavam ajudando, agiam como piratas, e não demorou muito para vir outra emboscada. A Criança foi simplesmente arremessada direto num fosso cheio de água e com um monstro e enquanto Mando se preparava para o resgate, uma luta com os demais integrantes da tripulação se inicia (o capitão deixa claro que estão atrás do valioso beskar de sua armadura).

Agora entramos no que eu acredito ser o ápice do melhor episódio de The Mandalorian até agora. Três mandalorianos chegam com seus jet packs e começam a lutar ao lado de Mando. Quando todos foram destruídos, Mando diz que eles precisam salvar a criança, e uma mandaloriana a resgata sã e salva. Quando a conversa entre eles começa a se desenvolver, a líder do grupo tira o capacete! Fiquei esperando-a falar o óbvio, apesar de já saber quem era.

Nesse ponto, é possível notar a cara de frustração e confusão de Mando (sem ironias rsrs). Ele, visivelmente confuso, pergunta onde conseguiram aquelas armaduras e a líder diz que a armadura está na família a três gerações. Ela então se apresenta como Bo-Katan (nessa hora eu já estava dando pulos dentro de casa). Para quem não conhece, Bo-Katan foi membro da Patrulha da Morte, um grupo de mandalorianos radicais que eram contra toda a política pacifista que estava sendo desenvolvida pela sua irmã, Satine. Durante o seriado The Clone Wars essa personagem foi bem abordada e teve uma evolução muito importante para a trama (mais um ponto para o story group).

Bo-Katan diz que Mando é filho desse grupo extremista e explica que eles não seguem esse caminho e Mando retruca com o jargão mais utilizado até agora: “Só existe um jeito. O jeito de Mandalore”, ou “this is the way”.

Mando então decide voltar para terra firme e ao pousar com seu jet pack e a Criança, é pego em outra emboscada, por outro grupo de piratas. Novamente, o trio de mandalorianos pousam e acabam com a ameaça, oferecendo a Mando um drinque. Ao conversar com o trio, Bo-Katan diz que pode ajudar Mando na procura da espécie da Criança, mas que gostaria que Mando a ajudasse a roubar um cargueiro imperial repleto de armas. Armas estas, que seriam utilizadas numa futura retomada de Mandalore por ela e um futuro exército. Mando no começo fica receoso, mas acaba cedendo.

O próximo arco desse episódio garante o selo de melhores cenas de ação da temporada até agora. Vemos vários stormtroopers em cenas de ação muito bem executadas. É possível ver o estilo da Bryce Dallas Howard, bem parecido com o outro episódio que ela dirigiu na primeira temporada. Durante as cenas de ação, novamente, os efeitos especiais ficaram muito bons. Desde os detalhes dos tiros de blasters até o interior do cargueiro (com um destaque especial para a cena do compartimento de carga, que ficou muito realista).

Durante a parte final do episódio, um pouco antes de os mandalorianos tomarem a ponte, Moff Gideon aparece em uma transmissão e após sua fala ele utiliza a expressão “Vida Longa ao Império!”, que é repetida pelo comandante do cargueiro. Apesar de ter sido bem sutil, essa expressão começa a mostrar a cara que o Império está tomando e como ele pode estar em processo de transição para se transformar na Primeira Ordem. Em O Despertar da Força, vemos claramente que a Primeira Ordem tem um lado mais radical e meio fanático, um pouco diferente do que foi o Império Galáctico.

Após tomarem a ponte, Bo-Katan entra em uma discussão com o comandante, que se suicida com uma espécie de choque dentro de sua boca. Mando então pede que ela cumpra a sua parte do acordo e então ela revela uma amiga Jedi, que pode ajudar Mando nessa busca. E então (mais pulos dentro de casa) ela revela a localização da Ahsoka Tano, uma antiga amiga Jedi que irá ajudar Mando. Mando então retorna e pega a Criança e segue rumo ao novo planeta.

Para mim, esse foi o melhor episódio até agora. Trouxe elementos de outras séries de Star Wars e começou a mostrar um pouco mais do que podemos esperar desta temporada. A introdução de personagens como Bo-Katan e Ahsoka Tano (mesmo que apenas citada) mostra que o story group está tomando os devidos cuidados para deixar o universo expandido de Star Wars mais coeso, dando mais força para que os fãs consumam todo o tipo de conteúdo da franquia e se aprofundem ainda mais nesse universo tão imenso. Se a minha opinião contasse e eu pudesse falar algo para o time que está conduzindo toda a produção de The Mandalorian, eu diria: “This is the way”