Review The Mandalorian: Episódio 12 – Quatro Amigos e um Jeans Viajante

No caminho para encontrar Ahsoka Tano, Mando percebe que a Razor Crest está precisando de reparos urgentes. No início do episódio temos uma cena hilária da Criança auxiliando Mando em uma manutenção elétrica e não entendendo seus comandos. Ao encostar dois fios de cargas opostas, a Criança leva um choque enorme e simplesmente dá uma tossida depois, como se nada tivesse acontecido. Após esse evento, Mando decide que a Razor Crest precisa de reparos urgentes e resolver voltar a Nevarro para pedir ajuda aos seus amigos, Cara Dune e Greef Karga. Nesse trecho, é possível ver Mando ingerindo uma bebida ao levantar levemente seu capacete, acabando com algumas dúvidas mais cruéis que possuíamos: como ele comia e bebia na frente da Criança.

Na cena seguinte vemos Cara Dune acabando com um grupo de bandidos (da mesma raça do alienígena que perde o braço em Uma Nova Esperança, na cantina de Mos Eisley). Ao pousar, Mando anda pela cidade com seus amigos e percebe um lugar totalmente diferente, mais pacífico, mais amigável e sem a presença do Império. Ao deixar a Criança numa escola (com direito ao uso da Força para roubar comida do colega do lado), Mando segue pelas ruas até entrar em uma instalação.

Cara Dune

Nesse local, Mando encontra Mythrol, o alien que ele capturou no primeiro episódio da série, trabalhando para Greef. Enquanto a Razor Crest segue em reparos, Greef e Cara pedem ajuda para acabar com uma base militar imperial que estava abandonada, mas por conter muitos itens valiosos, podia se tornar um forte ponto de contrabando. Mando aceita a missão e os quatro seguem em direção à base. Enquanto tentam acessar a base pelo elevador principal, Mando então usa seu jet pack para entrar pela parte de cima. Nesse momento então, vemos um stormtrooper caindo do topo e se espatifando no chão, dando a entender que Mando não estava no melhor dia.

Ao entrarem na base, eles percebem que ela não estava abandonada e que ainda estava totalmente em operação. A missão de destruir o reator principal (clássico de Star Wars) começa a tomar uma proporção um pouco maior do que eles imaginavam. Enquanto Mythrol vai desligar os comandos do reator (numa clara referência aos controles do raio trator da Estrela da Morte, em Uma Nova Esperança), os três restantes fazem a cobertura.

Ao seguir para a rota de fuga, eles se deparam com dois funcionários da instalação tentando apagar os dados da base e então algumas informações são reveladas. Primeiro, que eles estão de frente com um tanque cheio de um líquido que lembra muito os tanques bacta e dentro desse tanque, temos uma criatura meio deformada, com uma aparência humanóide. Essa criatura lembra muito aquele “clone defeituoso” do Snoke, que vimos em A Ascensão Skywalker. Cara Dune então percebe que aquela instalação não era uma base militar e sim um laboratório.

Clone de Palpatine ou Snoke?

A segunda revelação se dá enquanto o Mythrol está tentando recuperar algum arquivo da base de dados e uma transmissão do médico (aquele do primeiro episódio da primeira temporada) revelando que os experimentos não estão dando certo, e que os corpos não estão aguentando. Ele cita que o sangue retirado da Criança acabou e que é necessário mais para poder seguir com os experimentos. Pode ter passado batido, mas foi citado a contagem de midi-chlorians como sendo um fator importante para que o projeto dê certo (nessa hora muitos haters de A Ameaça Fantasma devem ter perdido alguns fios de cabelo rsrs). Ele finaliza a transmissão confirmando que Moff Gideon ainda vive.

Seriam esses experimentos os clones do Palpatine que deram errado? Ainda é muito cedo para se afirmar, mas assim como o seriado The Clone Wars preencheu e explicou várias lacunas da trilogia prequela, é bem provável que The Mandalorian vá explorar alguns pontos que não foram muito aprofundados na trilogia sequela. Se for essa a estratégia da Lucasfilm, vamos continuar na torcida para que ela funcione.

Esse episódio foi praticamente só ação. São quase 15 minutos seguidos de tiros de blasters, perseguição de speeder bikes e TIE Fighters. A sequência de fuga do laboratório, apesar de ser muito bem feita, pecou na edição. As transições entre as cenas foram um pouco confusas e tiraram um pouco da emoção e da tensão do momento. No entanto, isso foi compensado pela perseguição do transporte imperial (conduzido por Cara Dune, Greef e Mythrol) pelas speeders bike e posteriormente pelos TIE Fighters. Mais uma vez o show de efeitos especiais deixa a sequência muito mais bonita e intensa. Um toque final foi a Razor Crest destruindo os TIE remanescentes (com direito à uma montanha russa vivida pela Criança) e mostrando a nave agora, totalmente recuperada.

Após seguir para o encontro com Ahsoka, percebe-se que Mando tem atraído atenção tanto da Nova República (o mesmo oficial que o abordou durante o transporte da Senhora Sapo estava em Nevarro atrás dele) quanto do Império (no fim do episódio temos a informação de que implantaram um rastreador na nave). Então, o corte final para Moff Gideon rodeado de soldados com armaduras pretas imponentes mostram que o Império está se preparando para um contragolpe.

Eu gostei bastante do episódio não pela cena de ação, mas por finalmente terem dado alguma pista do que o Império quer com a Criança, porque ela é tão importante e como essa série irá se conectar com a trilogia sequela. As cenas de ação seriam melhores se a edição tivesse sido um pouco mais caprichada, mas não achei que atrapalhou tanto assim. O que de fato o episódio não respondeu foi quem era o nosso amigo de jeans no meio das cenas de ação! Assim como cada filme de Star Wars tem alguém que aparece, mas que não devia ter aparecido, The Mandalorian entrou para o hall da fama como uma série que pode cometer erros, mesmo que esses erros não atrapalhem o andamento da trama.

Nosso amigo de jeans