Review The Mandalorian: Episódio 16: À Procura da Felicidade
Enfim começa o último episódio desta temporada de The Mandalorian! O início já começa eletrizante com a Slave 1 perseguindo uma nave imperial classe Lambda. Na nave imperial estão dois pilotos e o Dr Pershing e na Slave 1 estão Boba Fett, Cara Dune e Mando. Com a nave inutilizada por um tiro de íons, Mando e Cara fazem a abordagem e rapidamente, um dos pilotos faz o doutor de refém. O outro piloto tenta negociar, mas é morto por seu colega e o clima esquenta. Temos então uma informação valiosa que nos é fornecida: Dr Pershing é um engenheiro de clones. Será que Moff Giddeon estava ajudando o Imperador Palpatine no seu processo de clonagem? Teorias e expectativas apenas!
Então, o piloto faz uma provocação à Cara Dune, falando sobre Alderaan, o planeta natal da nossa xerife e que foi destruído pela primeira Estrela da Morte. Então, após uma série de provocações e avisos, Cara atira certeiramente na cabeça do piloto e encerra de vez a discussão.
Mando e Boba Fett então vão em um planeta atrás de Bo-Katan. Ao entrar na cantina ao melhor estilo western, temos um clima tenso entre os quatro mandalorianos (Boba Fett, Bo-Katan, Mando e Kosha Reeves). Aqui podemos ver um pouco mais da cultura agressiva dos mandalorianos, com troca de ameaças, ofensas e acabando nos “finalmentes” com uma briga entre Boba e Kosha. Aliás, essa sequência de luta foi muito bem executada e coreografada, com direito inclusive a golpes utilizando um jet pack como suporte. Após a briga cessar, Bo-Katan decide então ajudar Mando e sua equipe, desde que o cruzador de Moff Giddeon fique com ela para ajudar na retomada de Mandalore.
Com o plano elaborado, a equipe parte para o resgate de Grogu. Simulando uma perseguição, a Slave 1 dispara vários tiros tentando acertar a nave Lambda que eles sequestraram no começo do episódio. Apesar do plano parecer não estar dando certo, a nave consegue entrar no cruzador e então vemos Fennec, Cara Dune, Bo-Katan e Kosha saindo da nave e disparando tiros de blasters para todos os lados, eliminando as ameaças imperiais uma a uma. Giddeon percebe a ameaça e ativa os Dark Troopers. A partir de agora temos uma luta contra o tempo que torna o episódio bem intenso. O cruzador precisa ser tomado, Moff Giddeon precisa ser preso e Grogu precisa ser resgatado antes dos Dark Troopers entrarem em funcionamento.
Toda a sequência do quarteto mostra um empoderamento feminino natural, sem ser forçado, mostrando que a representatividade pode ser algo constante nos filmes e séries sem que pareça algo extremamente forçado. Todas estavam unidas por um único objetivo e isso tornou todo o processo muito mais convincente. A união e sinergia do time feminino fez todas as cenas de ação serem mais espetaculares ainda. Desde a precisão de Fennec ao eliminar os stormtroopers no famoso “one shot one kill”, até a sincronia das mandalorianas fornecendo proteção e protegendo a retaguarda da outra dupla e finalmente, passando pelo estilo bruto de combate da Cara Dune, utilizando um rifle pesado de assalto para acabar com todas as ameaças do caminho (primeiro com tiros, depois utilizando o rifle como porrete e no final, novamente como arma). As sequências foram maravilhosas e mostraram que a briga foi inclusive desigual.
Após a limpeza executada pelo quarteto feminino, Mando sai da nave, espreitando pelo cruzador até chegar na sala dos Dark Troopers. Ao chegar atrasado, Mando tenta trancar os Dark Troopers dentro do compartimento em que estavam, mas um deles consegue escapar e começa uma luta com Mando. Enquanto os demais Dark Troopers tentam quebrar os vidros e as portas da sala, Mando falha miseravelmente em deter apenas aquele Dark Trooper que conseguiu escapar. Uma das cenas mais tensas do episódio é justamente a sequência de socos recebidos no capacete de beskar dele, amassando a parede ao seu redor, mas sem sofrer um arranhão no capacete. Mando usou blaster, lança-chamas, os disparos de seu punho, e nada parou o Dark Trooper, até que finalmente Mando usa a lança de beskar como uma alavanca e arranca fora a cabeça de seu oponente. Mando se recupera e lança todos os Dark Troopers no vazio do espaço.
Para recuperar o fôlego, Bo-Katan questiona onde estava Moff Giddeon, já que a ponte de comando foi tomada e ele não estava lá. Então, quando Mando entra na cela de Grogu, vemos Giddeon segurando o Dark Saber ativado, balançando por cima da cabeça de Grogu. Após um diálogo respeitoso, Giddeon decide deixar Mando levar Grogu, mas em um segundo de descuido, ele inicia uma sequência de golpes que só são parados pela armadura de beskar do nosso protagonista. Giddeon leva vantagem na luta até Mando passar a usar a lança e então vemos uma sequência de golpes muito bem executada e com lindos detalhes do beskar esquentando ao encontrar a lâmina do Dark Saber. Mando vence Giddeon e o leva para a ponte de comando.
Começa aqui então um dos maiores dilemas do episódio. Se Mando venceu Giddeon e tomou o Dark Saber, então ele passar ser o novo líder do povo mandaloriano (pelo menos é o que a tradição manda). Mando não quer seguir esse caminho e resolver dar o sabre para Bo-Katan, que simplesmente fica sem reação. Giddeon cutuca novamente dizendo que ela deveria ganhar o sabre em combate e Mando “se rende” para que ela pegue o sabre e siga seu caminho, mas a tradição mandaloriana falou mais alto e a situação não se resolveu. Então, alarmes começam a soar e vemos todos os Dark Troopers que foram ejetados para o espaço retornando ao cruzador para resgatar Giddeon e Grogu. A tensão reina na ponte, com todos a postos para receber os intrusos, mas sabendo que provavelmente seria uma luta curta, já que eles eram poucos, com poucos armamentos e lutando com uma ameaça muito mais poderosa e numerosa que eles.
Nesse momento, surge uma X-Wing! Meu amigo e minha amiga fã de Star Wars, nessa hora um milhão de coisas passaram pela minha cabeça: nomes, ideias, teorias, desejos e a teimosa expectativa, que nunca me abandona. Ao aparecer aquela figura com um manto preto e um sabre verde meu coração parou, voltou a bater, parou de novo e assim foi pelos próximos 5 minutos de cena. Cada Dark Trooper destroçado por aquele sabre de luz era uma sensação diferente que eu sentia, até que finalmente constatei que era realmente o nosso amado Luke Skywalker (reconheci pela luva, destacando a sua mão perdida em O Império Contra-Ataca) ao melhor estilo Mestre Jedi. Com sequências de golpes incríveis, utilização da Força de várias maneiras (a minha favorita foi a esmagada que ele deu no último Dark Trooper) e tiros de blasters desviados.
Eu estava arrepiado, em êxtase, lembrando de tudo o que assisti de Star Wars até o momento daquele episódio. Ao ver Luke tirando o capuz e se revelando para o grupo de sobreviventes, eu desabei! Acho que foi tudo o que eu imaginei que seria o Luke após o Retorno de Jedi e mais um pouco. A hype só cresceu quando R2-D2 apareceu ao final do episódio para encerrar esse momento maravilhoso que vivemos. Chorei mais ainda com Mando tirando o capacete e o Grogu passando suas mãos no rosto dele, apenas reforçando aquele vínculo que a Ahsoka disse que eles tinham.
Esse episódio encerra a segunda temporada de maneira memorável, justa e sem muitas pontas soltas, apenas o suficiente para que a história seja continuada. Esse episódio foi o que todos os fãs de Star Wars (menos os haters rsrs) queriam e muito, mas muito mais. Efeitos especiais de cair o queixo (em especial o CGI no rosto do Luke), cenas de ação maravilhosas, perseguições espaciais alucinantes e muito, mas muito efeito especial ao melhor estilo dessa franquia maravilhosa. A cena pós-crédito revelando mais uma série focada na história de Boba Fett mostra que a investida da Lucasfilm está sendo certeira e que em breve teremos muito conteúdo e muita história interligada nesse universo expandido tão vasto. Fazendo um paralelo com Rogue One e a cena final do Darth Vader, eu acredito que esse episódio foi sensacional e que a aparição de Luke Skywalker foi apenas a cereja do bolo para coroar essa obra de arte que foi a season finale. Parafraseando Chris Gardner (interpretado por Will Smith em À Procura da Felicidade) eu pegaria esses cinco minutos finais do episódio e deixaria a legenda: “Esta parte da minha vida, esta pequena parte, se chama felicidade”.